Tão seco
está o chão, e o pó cai no meu coração...
Só consigo
umedecer com o pranto da desilusão!
Abro a vida
com o meu corpo frágil sem saber aonde ir
Logo á
frente há um precipício e eu posso cair...
Não ria de
mim agora por causa desta fragilidade
Já fui um
porto seguro e hoje me visto de saudade
Não me olhe
com desprezo eu sei que isto vai passar
Surgirá em
mim um recurso para me libertar
Neste
caminho rodeado por árvores com raízes profundas
A cada passo
que dou a frente à solidão me saúda
O céu
amarelou, o chão amarelou; tudo mudou de cor!
O cenário
parece que caçoa da minha dor
A estrada
ficou estreita e ostenta que vai me engolir
A casa que
aparece não é minha e não posso dormir
Rasgo o
horizonte com uma coragem que não conhecia
O único refúgio
que me sobrou foi viver de poesia...
Não duvide
que um dia eu chegue ao impossível
O chão está
me puxando para um destino terrível
Porém eu agarro
com força o elevado amarelado
Vou arrancar
esta cor e colorir num tom azulado...
Assim
nascerá um céu com as nuances que quero
Depois um
arco íris com só um pouquinho de amarelo
A vida é tecida
de todas as cores que imaginamos
Feita de
risos e até mesmo das lágrimas que choramos...
Janete Sales Dany
O trabalho A casa que aparece não é minha... de Janete Sales Dany está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.