domingo, 10 de janeiro de 2016

A casa que aparece não é minha...


Tão seco está o chão, e o pó cai no meu coração...
Só consigo umedecer com o pranto da desilusão!
Abro a vida com o meu corpo frágil sem saber aonde ir
Logo á frente há um precipício e eu posso cair...

Não ria de mim agora por causa desta fragilidade
Já fui um porto seguro e hoje me visto de saudade
Não me olhe com desprezo eu sei que isto vai passar
Surgirá em mim um recurso para me libertar

Neste caminho rodeado por árvores com raízes profundas
A cada passo que dou a frente à solidão me saúda
O céu amarelou, o chão amarelou; tudo mudou de cor!
O cenário parece que caçoa da minha dor

A estrada ficou estreita e ostenta que vai me engolir
A casa que aparece não é minha e não posso dormir
Rasgo o horizonte com uma coragem que não conhecia
O único refúgio que me sobrou foi viver de poesia...

Não duvide que um dia eu chegue ao impossível
O chão está me puxando para um destino terrível
Porém eu agarro com força o elevado amarelado
Vou arrancar esta cor e colorir num tom azulado...



Assim nascerá um céu com as nuances que quero
Depois um arco íris com só um pouquinho de amarelo
A vida é tecida de todas as cores que imaginamos

Feita de risos e até mesmo das lágrimas que choramos...

Janete Sales Dany

Licença Creative Commons
O trabalho A casa que aparece não é minha... de Janete Sales Dany está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.