terça-feira, 16 de setembro de 2014

Alma Cigana, a arte de se renovar!



Gosto do vermelho da paixão
De atitudes que aquecem o coração
Atiço a fogueira do amor nas noites de escuridão!

Gosto da liberdade
Peregrino na trilha da verdade
Neutralizo qualquer negatividade

Gosto do céu estrelado
De ver o lampejo que encanta o elevado
De ver a minha fisionomia refletida num lago

Gosto de alcançar o horizonte distante
Quando atinjo, os meus olhos miram adiante...
Eu me vejo sempre à frente, o meu espírito é viajante!

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Eu sou fantasia...

 
Eu sou fantasia...

Nem sempre fui assim; poesia...
Não ganho dinheiro; ganho alegria!
Tomei um banho de versos e me afoguei
Agora, esta sou eu; a de antes, eu nem sei!

Meu cabelo cor de fogo demonstra as emoções

Há quem questione o colorido; eu não devo explicações!
Vermelho, cor eletrizante, sentimento a flor da pele sempre...
Toda vibração desviei para a arte; a poesia que me aguente!

Como me desenhar e esconder este deslumbramento?
Lua, rua e alimento, e até as vozes são a lira do momento...
Meu sorriso escancarado no espelho está dizendo não chore...
O meu olhar inerte liberta as lágrimas, mesmo que eu implore!

Recolho todas estas emoções e fico pelos cantos sorrindo...
A tristeza vai virar um poema; e a minha figura vou esculpindo.
A cada manhã eu desenho um pouco de mim; linhas sem fim...
Sou ave que quer voar longe, porém as asas são curtas; ai de mim!



Para todos entrego o meu sorriso eterno; tento florir o teu inverno!
Não é falsidade, parece que mesmo chorando o meu sorriso se abre...
Odeio o meu rosto quando sério. Utopia?
Vi que eu nasci para ser mistério...
Como me definir? Mulher poesia,
que insiste em viver numa eterna alegria!

Fantasia...

Janete Sales Dany 


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http://silviamota.ning.com/group/antologia-imagem-e-literatura/forum/topics/eu-sou-fantasia
 Com este poema participei na Peapaz
 Antologia Imagem e Literatura nº 13: AUTORRETRATO
Clique na imagem para ver a minha participação




sábado, 6 de setembro de 2014

Um caixão não caminha sozinho


A ilusão de ter as pessoas nas mãos,
 um dia morre, cedo ou tarde... 
No final de tudo temos que ser levados pelos outros, 
um caixão não caminha sozinho...
Uma hora ou outra a vida vem mostrar
 que sentimento de grandeza 
 é coisa baixa e sem fundamento... 
Somos iguais,
 apesar das horas em que a sociedade 
faz um pedestal para a subida, 
 a vida faz um empurrão para a caída! 

Janete Sales Dany
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quinta-feira, 4 de setembro de 2014

O espelho do lago revelou uma pintura letal...


Avistou um mundo parado; um lago, e se viu neste espelho...
Olhando para si mesmo, por horas se idolatrando, e de joelhos!
A beleza era estonteante e nada poderia destruir o instante
Os olhos eram diamantes; numa resplandecência fulminante!

Lábios carnudos e feição angelical; um anjo de aspecto sensual...
Cabelo negro e acetinado, e por ele mesmo, ficou enamorado!
Nada poderia humilhar aquele momento de copiosa adoração...
Mísero daquele que aparecesse e se manifestasse em ascensão!

O lago havia mostrado um ser superior a todos do universo
Quem roubasse aquele espelho iria ser a mira do perverso
Jamais deveriam cair folhas sobre aquele retrato ostentoso
Embaçariam a imagem que o deixou completamente vaidoso

Mulheres, para quê mulheres? Elas não somariam à perfeição...
Amores, para quê amores? Ele era o senhor do próprio coração!
Amigos, para quê amigos? Ele era o mais impecável dos mortais...
Fé, para quê fé? Tinha um brilho ímpar que embaçava os cristais!

E paralisado não conseguia se desligar de todo aquele esnobismo...
Estava absorto ao ato radical; o corpo foi inclinando sobre o abismo...
Foi bebendo, bebendo, todo aquele ser! Ingeriu demais, até falecer!
Naquele lago havia tudo o que queria; asfixiou a si mesmo, que ironia!

Janete Sales Dany
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 Prêmio que recebi da Peapaz ao participar da
Antologia Imagem e Literatura nº 12: NARCISO