quinta-feira, 31 de julho de 2014

Dentro de mim não há vida...



Por que a luz apagou?
Faz tanto tempo e nunca mais voltou...
Os meus olhos presenciam a saída que se fechou!

Que música triste é esta?
São gemidos de dor e não existe orquestra...
Vultos arrastam as correntes; corromperam a festa!

O algoz de pássaros


Pássaros presos, este era o fascínio de um menino...
Prendê-los e esquecê-los; pouco importava o destino!
Queria colecioná-los e assim os tinha de várias cores.
Gaiolas esturricadas deles; pouco importavam as dores!

Se estavam longe, usava o estilingue com precisão...
Num dia inteiro eram dezenas; de cortar o coração!
Vivia maquinando como preparar o melhor alçapão
Quando presos, às vezes os alimentava, outras não...

O tempo foi passando e o menino perverso cresceu...
Rosto e corpo de homem; o coração não enterneceu!
Já não utilizava mais o estilingue e sim uma carabina...
Trinta ou cem num dia; pouco importava a triste sina!

Morava numa cidadezinha do interior; num ninho da dor...
Espírito impregnado de ódio; prazer na morte do amor!
Os olhos escolhiam no céu algo que pudesse derrubar
Passou a vendê-los; um tostão para poder se sustentar!

Todo dia era dia de caça; perto ou longe ele ia buscar...
Certa vez foi bem distante; algo novo queria encontrar!
Descobriu um pássaro que nunca havia visto na vida...
Ficou entusiasmado; queria alcançá-lo e fez a corrida!

quinta-feira, 17 de julho de 2014

A fé e as dores; na beira do abismo nascem as flores...


Sem demora vem à primavera; florindo a vida!
Ostentando o branco nas pétalas da margarida
Proporcionando o perfume sedutor do jasmim
Estampando criações primorosas em nosso jardim

Botões se abrindo em lugares que só eram solidão
Poetas contemplando o prazer de uma nova criação
Flores ousadas desabrochando no alto da montanha...
Entre as pedras resistentes; ênfase de uma façanha!

Nas manhãs toda a sedução está coberta de orvalho...
Ramos coloridos enfeitam aquele velho espantalho!
O belo colibri se embevece com a dádiva desmedida
Se delícia com o néctar da flor que lhe foi oferecida

A existência parece que começou a ter mais sentido...
Um cenário colorido; canto de anjos no meu ouvido!
A fantasia vai se aprofundando neste mundo de cores
A fé e as dores; na beira do abismo nascem as flores...

O cenário da natureza doando mensagens de conforto...
Mostrando que tudo se renova e nunca vai ser morto!
A primavera sempre vencerá toda a morte que sofreu
O que está ausente semeou uma energia e não morreu!

Nossos sorrisos são flores que ficarão para eternidade...
Independentes de tudo; irão superar as tempestades!
Em cada um de nós persevera a essência de uma flor...
A eficácia da esperança que desafia até mesmo a dor!

Janete Sales Dany

 Licença Creative Commons
O trabalho A fé e as dores; na beira do abismo nascem as flores... de Janete Sales Dany está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.


 Prêmio que recebi da Peapaz por participar 
da Antologia Imagem e Literatura n°5
Esperança, eterna primavera
Com esta poesia: 
A fé e as dores; na beira do abismo nascem as flores...

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Que tuas águas sejam a minha cura.

Vem mar...
Lave de mim toda amargura
Que tuas águas sejam a minha cura

Vem mar...
Com a força das tuas ondas a me alcançar
Seja o amor a me abraçar

Vem mar...
Eu quero ser tua sereia
Vou me entregar para ti na areia

Vem mar...
Para vários elementos tu és a fortaleza
Demonstra ao mundo toda tua riqueza

 Vem mar...
Alimenta o nosso corpo; a nossa alma...
Teus frutos na mesa; Tua visão traz a calma!

Vem mar...
Vou me afogar nas tuas águas
Nelas vou lavar todas minhas mágoas!

Vem mar...
Eu me ajoelho diante de tanto esplendor
Deus quando te fez queria inundar o mundo de amor!

Janete Sales Dany
 Todos os direitos reservados

T4878124


Licença Creative Commons
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Que tuas águas sejam a minha cura

Vem mar...
Lave de mim toda amargura...
Que tuas águas sejam a minha cura!

Vem mar...
Com a força das tuas ondas a me alcançar
Seja o amor a me abraçar!

Vem mar...
Eu quero ser tua sereia...
Vou me entregar para ti na areia!

Vem mar...
Para vários elementos tu és a fortaleza...
Demonstra ao mundo toda a tua riqueza!

 Vem mar...
Alimenta o nosso corpo; a nossa alma...
Teus frutos na mesa; Tua visão traz a calma!

Vem mar...
Vou me afogar nas tuas águas...
Nelas vou lavar todas minhas mágoas!

Vem mar...
Eu me ajoelho diante de tanto esplendor...
Deus quando te fez queria inundar o mundo de amor!

Janete Sales Dany
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quarta-feira, 2 de julho de 2014

Estrela que esquece o próprio brilho para ser escuridão



Pura perda de tempo...
Quem vive secando com os olhos os projetos alheios;
desejando o mal e deturpando as coisas
para diminuir quem está brilhando.