domingo, 28 de dezembro de 2014

Abraço com força a solidão que me alimenta



Eu morri e se esqueceram de me enterrar!
Sou chão seco que qualquer um pode pisar
Nada acontece e não necessito de uma prece
Fitei a loucura e me corrompi na noite escura.

Abro os braços quando encontro a tormenta
Abraço com força a solidão que me alimenta
Nunca mais olharei dentro dos olhos do amor
Avanço só, arrastando o fardo do vulto da dor!

Estou percorrendo as ruas do deserto eterno
Cada esquina vai de encontro ao meu inferno
Sei que este sentimento perverso não tem fim
Fujo de tudo que um dia se esqueceu de mim

sábado, 20 de dezembro de 2014

A ilha do sonho para sonhar



 A noite não tinha estrelas
A lua ali nunca apareceu
A sorte morreu

Não chovia e nem ventava
E nem o amor amava
O nada imperava

Mas certa vez tudo mudou
O sol despontou
O céu azulou

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Entre no meu fundo, e se perca no meu mundo...




Entre no meu olhar
Tente me desvendar
Sou a tua escuridão
Coloco farpas no coração

Entre dentro de mim
Sou o começo do fim
Sou o teu pranto caído
Sou o teu anjo ofendido

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Ei político!


Ei político!
 Acabou a eleição...

Você se elegeu

E me prometeu...

Casa para morar

Escola para estudar

Hospital para me curar

Transporte decente

Comida para toda gente

Chuva para o Brasil inteiro

Neve no mês de fevereiro

Mil estrelas no elevado

Lar para o menor abandonado

Acabar com a violência

Mostrar que tem competência

Ser o melhor governante

Livros para o estudante

Acabar com a mordomia

Lutar pela ecologia

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Eu tenho um Amor Cigano...




Eu tenho um amor sem limites...

Sou assim e amo todo chão que piso...

Qualquer parte da terra é um paraíso!



Eu tenho um amor inabalável...

Amo a noite quando está pincelada de luz

Amo aquele que deu a vida por nós, Jesus!



Eu tenho um amor cuidadoso...

Amo o experiente; procuro respostas no idoso...

Amo a criança; nela deposito a minha esperança!



Eu tenho um amor extenso...

Amo o meu horizonte; ele não tem grade...

Amo a minha vida; ela é um exemplo de liberdade!



Eu tenho um Amor Cigano...

 Eu acendo uma fogueira ao som de uma canção...

Pés no chão, beijos de luar, a mais bela inspiração!

Janete Sales Dany 


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terça-feira, 14 de outubro de 2014

África




África, a tua força é a tua cor

Feita de paisagens em esplendor

Reúne um povo forte e encantador

Insigne é a tua existência de amor

Cada parte mostra o sol como baluarte

Alegria de Mandela; apreço por esta terra!

Janete Sales Dany 

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Brasil




Brasil terra abençoada de várias cores
Repleto de amor; ruas e ruas de flores!
Amante do futebol e do carnaval
Saudemos todas as riquezas; sem igual!
Ilhas, vales e praias de rara beleza...
Lume na terra; um país sem guerra!

Janete Sales Dany 
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domingo, 5 de outubro de 2014

Cigano, filho do vento!

Insigne, o dia em que nasci do ventre da minha mãe!
Livre para viver a liberdade nesta ocasião...
O mundo inteiro passou a ser a minha mansão.
Não careço de um teto; aprecio o céu aberto!
Não quero parede; quero avistar o rio e matar a minha sede...
Não quero suntuosidade; quero a pureza alicerçando a liberdade!
Não penso no futuro, o meu instante é o atual.
O amanhã não me pertence; o hoje é o principal!
O que está à frente poderá vir ou não.
A realidade eu tenho agora em minhas mãos!
Se eu morrer nesta hora não serei dono do futuro que não veio...
Por isto, faço o meu melhor no presente; nisto eu creio!
O passado só me serve de lição, assim preservo os meus valores.
Avanço respeitando todo chão, e não caminho sobre as flores.


terça-feira, 16 de setembro de 2014

Alma Cigana, a arte de se renovar!



Gosto do vermelho da paixão
De atitudes que aquecem o coração
Atiço a fogueira do amor nas noites de escuridão!

Gosto da liberdade
Peregrino na trilha da verdade
Neutralizo qualquer negatividade

Gosto do céu estrelado
De ver o lampejo que encanta o elevado
De ver a minha fisionomia refletida num lago

Gosto de alcançar o horizonte distante
Quando atinjo, os meus olhos miram adiante...
Eu me vejo sempre à frente, o meu espírito é viajante!

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Eu sou fantasia...

 
Eu sou fantasia...

Nem sempre fui assim; poesia...
Não ganho dinheiro; ganho alegria!
Tomei um banho de versos e me afoguei
Agora, esta sou eu; a de antes, eu nem sei!

Meu cabelo cor de fogo demonstra as emoções

Há quem questione o colorido; eu não devo explicações!
Vermelho, cor eletrizante, sentimento a flor da pele sempre...
Toda vibração desviei para a arte; a poesia que me aguente!

Como me desenhar e esconder este deslumbramento?
Lua, rua e alimento, e até as vozes são a lira do momento...
Meu sorriso escancarado no espelho está dizendo não chore...
O meu olhar inerte liberta as lágrimas, mesmo que eu implore!

Recolho todas estas emoções e fico pelos cantos sorrindo...
A tristeza vai virar um poema; e a minha figura vou esculpindo.
A cada manhã eu desenho um pouco de mim; linhas sem fim...
Sou ave que quer voar longe, porém as asas são curtas; ai de mim!



Para todos entrego o meu sorriso eterno; tento florir o teu inverno!
Não é falsidade, parece que mesmo chorando o meu sorriso se abre...
Odeio o meu rosto quando sério. Utopia?
Vi que eu nasci para ser mistério...
Como me definir? Mulher poesia,
que insiste em viver numa eterna alegria!

Fantasia...

Janete Sales Dany 


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http://silviamota.ning.com/group/antologia-imagem-e-literatura/forum/topics/eu-sou-fantasia
 Com este poema participei na Peapaz
 Antologia Imagem e Literatura nº 13: AUTORRETRATO
Clique na imagem para ver a minha participação




sábado, 6 de setembro de 2014

Um caixão não caminha sozinho


A ilusão de ter as pessoas nas mãos,
 um dia morre, cedo ou tarde... 
No final de tudo temos que ser levados pelos outros, 
um caixão não caminha sozinho...
Uma hora ou outra a vida vem mostrar
 que sentimento de grandeza 
 é coisa baixa e sem fundamento... 
Somos iguais,
 apesar das horas em que a sociedade 
faz um pedestal para a subida, 
 a vida faz um empurrão para a caída! 

Janete Sales Dany
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quinta-feira, 4 de setembro de 2014

O espelho do lago revelou uma pintura letal...


Avistou um mundo parado; um lago, e se viu neste espelho...
Olhando para si mesmo, por horas se idolatrando, e de joelhos!
A beleza era estonteante e nada poderia destruir o instante
Os olhos eram diamantes; numa resplandecência fulminante!

Lábios carnudos e feição angelical; um anjo de aspecto sensual...
Cabelo negro e acetinado, e por ele mesmo, ficou enamorado!
Nada poderia humilhar aquele momento de copiosa adoração...
Mísero daquele que aparecesse e se manifestasse em ascensão!

O lago havia mostrado um ser superior a todos do universo
Quem roubasse aquele espelho iria ser a mira do perverso
Jamais deveriam cair folhas sobre aquele retrato ostentoso
Embaçariam a imagem que o deixou completamente vaidoso

Mulheres, para quê mulheres? Elas não somariam à perfeição...
Amores, para quê amores? Ele era o senhor do próprio coração!
Amigos, para quê amigos? Ele era o mais impecável dos mortais...
Fé, para quê fé? Tinha um brilho ímpar que embaçava os cristais!

E paralisado não conseguia se desligar de todo aquele esnobismo...
Estava absorto ao ato radical; o corpo foi inclinando sobre o abismo...
Foi bebendo, bebendo, todo aquele ser! Ingeriu demais, até falecer!
Naquele lago havia tudo o que queria; asfixiou a si mesmo, que ironia!

Janete Sales Dany
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 Prêmio que recebi da Peapaz ao participar da
Antologia Imagem e Literatura nº 12: NARCISO